Me atrasei e não publiquei ontem o post do Desafio das Listas. Mas não tema! 😛 Vou publicar hoje dois posts, o de ontem e o de hoje, e vamos em frente que atrás vêm mais posts! 🙂
O tema de ontem (e deste post) é “O melhor conselho/dica que você já recebeu“. Vamos lá.
Atenção: clichê à frente.
O melhor conselho que recebi foi: seja você mesma.
É um clichê porque é o tipo de coisa que você encontra em qualquer blog que ensine a blogar. E que é repetido à exaustão em muitos lugares, como guia para a vida em geral. É o tipo de coisa que vem geralmente em tom filosófico, sem uma explicação de uso prático. O que significa na prática “seja você mesmo”, afinal?
E no entanto, é o melhor conselho que já recebi. Por quê?
- Ser eu mesma é muito, muito fácil. Fazer de conta que sou algo que não sou é extremamente difícil.
- Ser eu mesma facilita aquele outro clichê bloguístico (que é igualmente importante): encontrar sua voz ao escrever. Sendo eu mesma, escrevo o que penso, do jeito que penso. E isso me diferencia dos porrilhões de outras pessoas que não são eu.
- Ser eu mesma significa que quando conheço pessoas ao vivo depois de conhecê-las na web, não tenho nada do que me envergonhar, nem nada que esconder ou pelo qual me desculpar.
- Ser eu mesma é uma forma de afastar naturalmente do blog as pessoas com as quais eu não me daria bem ou que não gostaria que lessem meu blog; porque para ler meu blog e gostar dele, você necessariamente tem que entender e/ou compartilhar de certos pontos de vista meus. Não todos, claro que não; mas algumas coisas em comum são imprescindíveis.
- Por exemplo: eu falo palavrão (não em lugares onde isso seria totalmente inapropriado, claro está). Não tenho vergonha nem orgulho disso; é simplesmente uma das formas que tenho de expressar indignação, frustração, raiva e outros sentimentos negativos – e ocasionalmente, algum sentimento positivo. Se você é excessivamente puritano, não vai gostar do nível de xingamentos que há nos meus textos, mesmo sendo moderados. E pra mim isso é ótimo; acho pessoas excessivamente puritanas um saco, e prefiro que não leiam meu blog pois assim não vão me deixar comentários reclamando do meu linguajar.
- Outro exemplo: nos meus textos é fácil perceber que eu não sou uma pessoa “nuvem dos ursinhos carinhosos”; sou irônica, sarcástica, muitas vezes cortante ou mordaz, e pouco tolerante com burrice, ignorância e outras coisas do gênero. Se você não gosta de pessoas assim, com certeza não gostaria de mim se me conhecesse pessoalmente; portanto, é melhor para nós dois que você não leia meu blog,
- Ser eu mesma me permitiu chegar onde cheguei. Seja que isso no grande esquema das coisas signifique muito ou pouco, para mim é muito, muito longe. Meus blogs são minhas casas, onde as coisas são feitas à meu gosto, das formas que considero corretas, e onde recebo pessoas que eu gosto. Ser eu mesma me trouxe amigos amados, leitores, companheiros de brincadeiras, trabalho, clientes, tanta coisa fantástica e maravilhosa que nem dá pra contar. Se eu tivesse tentado ser outra coisa, outra pessoa, tenho certeza bissoluta que teria desistido de tudo há muito tempo, bem antes de chegar à qualquer lugar.
Ser eu mesma é o que me trouxe até aqui, hoje. Com minhas virtudes e defeitos, com minha humanidade, e minhas histórias, e minhas invenções, e minhas pernas e essa coisa de ser vampira que não é vampira, e com tudo o que significa ser eu.
Por todas essas coisas (e mais algumas que não vai dar tempo de escrever) é que esse conselho (que recebi de tantas fontes que nem sei mais qual foi a primeira) foi o melhor de todos que recebi.
E por isso, digo: seja você mesmo. É a única maneira de que chegar onde você vai chegar, valha realmente a pena. 🙂
Amanda M.
https://blogdamazzei.blogspot.com/2011/05/7-dia-do-desafio-das-listas-o-melhor.html
Prontinho!
Roberto Lima
Ser eu mesma é muito, muito fácil. Fazer de conta que sou algo que não sou é extremamente difícil… Perfeito! Nada mais a acrescentar.
Karine Matos
Fiquei um pouco triste por que amo seus textos e já estava acostumada a ir no blosque e todos os dias encontrar um novo. No entanto pra mim foi um pouco difícil encontrar um estilo para blogar, ser eu mesma escrevendo, por que a gente aprende na escola que se deve escrever “corretamente” mas com o tempo, conseguir me descobrir e fazer de meu blog um de meus blogs favoritos.
Até próxima.