Continuando: Todas as Escolhas Vêm Com Um Preço, certo? Já analisamos os Margeadores, e hoje veremos os “Contribuidores”.
2. The “Contributors”. (Os “contribuidores”, aqueles que contribuem.)
Estas são pessoas que querem fazer seu trabalho, fazê-lo bem feito, e ser bem pagas por isso. Elas não vêem necessariamente a necessidade de “mudança” em si, só desejam saber o que funciona, e fazê-lo. Eles querem descobrir quem está no time vencedor, e conseguir um lugar para si mesmos nele.
O contribuidor não deixa de ser um individualista, embora menos que o Margeador. Ele deseja obter resultados para si, mas olhando o “todo”; observando as estratégias que funcionam, ele deseja aprender e fazer um trabalho bem feito.
Os que estão dentro desta categoria se preocupam com boas práticas e tendências de crescimento e inovação, apesar de que eles mesmos não criem essas práticas e tendências.
Eles “seguem” os criadores de mudanças, adotam modelos e atitudes propostas pelos “mudadores”, sempre e quando elas redundem em algum benefício ou facilidade para si – direta ou indiretamente.
Ele está consciente de sua inserção social e de sua posição na sociedade/mercado. Não se preocupa somente com o seu quintal, mas também com o modo como seu quintal participa e influencia no todo. Não levanta bandeiras, mas ajuda a defendê-las quando pensa que é apropriado. E está sempre observando os caminhos que vão sendo marcados, as bandeiras que são levantadas, para poder tomar uma decisão correta.
O contribuidor faz exatamente o que o nome sugere: ele contribui com o que já está estabelecido, com o que é criado ou instituído por outros – mas ele quer contribuir de forma positiva, fazendo sua parte da melhor forma possível. E receber um bom retorno, de acordo com seu investimento.
Vantagens de ser um contribuidor: costuma ter uma imagem positiva perante a comunidade, pois escolhe com bastante cuidado os movimentos e estratégias que adota. Como ele adota caminhos que foram desbravados ou indicados por outros, e somente após ter uma boa idéia dos prós e os contras, não corre os riscos inerentes à ser o primeiro em apontar uma rota nova e desconhecida.
Isso significa que ele desfruta os benefícios e louros de ser um “ativista”, um “pioneiro”, sem ter de enfrentar os problemas e dores de cabeça de ser realmente nada disso.
Ele contribui mantendo a roda girando, e é justamente recompensado ante a comunidade por isso.
Os contribuidores são os atores coadjuvantes dos criadores de mudança; eles são os que tornam possíveis e concretas as mudanças criadas pelos mudadores.
Não porque eles desejam a mudança em si, mas porque são os primeiros em adotar uma solução melhor que as existentes, logo que essa solução é proposta.
A meu ver, está é a categoria mais “cômoda”, pois o contribuidor pode se destacar sem sair de sua categoria e de sua forma de agir (ao contrário do Margeador), e sem precisar arriscar-se como um Criador de Mudanças.
Mais ainda, ele pode gerar um impacto positivo no todo, também sem maiores problemas para si, e ser valorizado por isso. Essa costuma ser a regra.
Se você se identifica como Contribuidor, excelente! Continue trabalhando pelo que é melhor para você, e pelo bem de todos. A Efigênia agradece. 🙂
No próximo post, os pioneiros: Criadores de Mudanças.
Que tipo de blogueiro você é?
Monthiel
Olá,
Acho que eu sou um Contribuidor. Analisando as qualidades propostos no texto sobre essa categoria, acho que me enquadro bem nela… Procurarei fazer o melhor para mim, para meu blog e para meus leitores.
Forte abraço
Monthiel
Srta. Bia
Depois desse texto, fica muito claro que sou uma margeadora. Esperava ver melhor a definição de contribuidor para decidir. E concordo que a grande massa da blogosfera é margeadora, podendo tornar-se contribuidora em dias de blogagem coletiva, por exemplo.
Essa definição de contribuidor está bem específica, pois pensando agora na massa, a quantidade de blogueiros que produz material não é tão grande como aqueles que simplesmente replicam informações.
Mas os que replicam informações também podem ser contribuidores, se fizerem o que fazem bem feito e etc… é uma analogia interessante, mas acredito que a força ainda esteja nos grandes grupos, na união de diferentes blogueiros em torno de uma questão. Enfim, nos movimentos, pois ter blog e ficar parado não contribui em nada.
Fábio Buchecha
Ser um contribuidor que é constantemente taxado de puxa-saco e imitador não é exatamente uma situação cômoda. No mais, acredito que o contribuidor não necessariamente tenha que seguir os passos de algum “pioneiro”. Muitas discordâncias contribuem muito para o crescimento da blogosfera, não achas?
Iara Alencar
Eu nao sou nada disso.
Nem contribuidor e nem margeador e nem pioneira.
Sou apenas uma pessoa que resolveu ter um blogue e leva ele do jeito que acha melhor.
zanatta
ola! Estudo administração e frequentemente deparo-me com classificações que os autores criam tanto para empresas quanto para colaboradores dentro delas….
Quando li as 3 categorias acabei pensando: lá vamos nós denovo….
no entanto, ao ver o desenrolar da história acabei discordando da segunda parte que diz respeito aos contribuidores.
segundo o seu artigo: “A meu ver, está é a categoria mais “cômoda”, pois o contribuidor pode se destacar sem sair de sua categoria e de sua forma de agir (ao contrário do Margeador), e sem precisar arriscar-se como um Criador de Mudanças.”
nao concordo com essa opinião! a idéia de eu fazer as coisas bem feitas mas nao desejar mudar o mundonão pode ser encarada como cômoda…. cômodo seria eu pegar o meu salário no final do mês… replicar outros posts (levando para o lado dos blogs).
Acredito que o contribuidor crie também! E crie coisas interessantes! Claro que a idéia dele não é desenvolver uma nova teoria revolucionária, mas ele quer ajudar as pessoas com aquilo que escreve. Essa busca por estar entre o time dos vencedores talvez seja justamente o ponto de partida para ele não ser um margeador, colando artigos de outros blogs ou postando algumas fotos legais que ele viu no flickr….
Nospheratt
Fábio:Bem, eu acho que se você não é puxa-saco nem imitador, não devia se preocupar com o que dizem. De qualquer forma, eu disse que é a posição “mais cômoda” das três, comparativamente; não que fosse a coisa mais cômoda do mundo.
Concordo em que não necessariamente o Contribuidor tem que seguir alguém. O que eu disse é que sem eles, os Criadores de Mudança não poderiam criar mudança nenhuma. O que não quer dizer que isso é a única coisa que um Contribuidor faz, nem que ele faz isso sempre. 😉
Nospheratt
Srta Bia: Todos cumprimos os 3 papéis em diferentes momentos, me parece. Apenas temos tendências que nos levam a encaixar num mesmo grupo, na maioria das vezes.
Concordo com que a força está nos grandes grupos. O legal da blogosfera é que assim como a gente faz parte desses grupos e trabalaha com e por eles, em outro momento trabalha pelos interesses próprios e sem grupo nenhum por trás. 🙂
Zanatta: Eu não disse “cômoda” como crítica, nem com conotação negativa. Digo cômoda no sentido de menos difícil, mais confortável.
E como eu disse pro Fábio, não tive intenção de dar a entender que o contribuidor não faz nada, não cria nada, e se limita a seguir os “pioneiros”. Ao contrário, o Contribuidor, a meu ver, é quem faz todo o “trabalho pesado” da blogosfera, é quem mantém as rodas e engrenagens girando e bem azeitadas.
zanatta
com você falando agora me veio à cabeça uma possível situação….
exemplo: um criador vai lá, adota uma nova tecnologia ou nova tendência para os blogs…. essas tendências ser~áo seguidas pelos contribuidores (das mais variadas formas inclusive as nao pensadas pelos que iniciaram o negócio). Serão eles que darão vazão, digamos assim, para que isso torne-se comum para só então os margeadores perceberem que pode ser uma boa e passar a utilizar (tendo comprovado que dá certo).
Não foi uma crítica destrutiva, apenas não concordei de início com as palavras que você escolheu 🙂
Nospheratt
Zanatta: Muito bem exemplificado! E esse é apenas um dos importantíssimos papéis que os Contribuidores cumprem. Você falou “vazão”, e me ocorre uma metáfora: se os criadores fossem nascentes de água, os contribuidores seriam os estuários. Eles são os que levam a água (aquilo que é importante) para todos, são os que fazem as represas produzirem energia (criam coisas).
Não achei que fosse destrutiva, por isso eu quis me explicar melhor. às vezes eu não encontro as palavras corretas para expressar meu pensamento quando escrevo o post, então, vale esclarecer depois. Além do que, eu aceito e respeito opiniões diferentes da minha, quando são expressadas com educação – como voce fez. 🙂