Era uma vez uma menina de três anos que não queria ser escritora.
Não queria, pois escritora já era, desde antes de aprender a escrever; quando na impossibilidade de materializar no papel as palavras que lhe brotavam, ditava suas obras para seus pacientes pais. Aos três anos, num ímpeto de independência, exigiu que lhe fôsse ensinada aquela maravilhosa arte criptográfica: a escritura.